Lendo Chesterton

O centro de toda a existência do homem é um sonho. Morte, doença, insanidade, são, meramente, acidentes materiais, como uma dor de dente ou uma torção no tornozelo. Que essas forças brutais sempre sitiam e, freqüentemente, capturam a cidadela, não prova que elas são a cidadela.
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segunda-feira, 11 de março de 2013

A traição dos políticos e da democracia representativa

A traição dos políticos e da democracia representativa

by O. Braga
A situação de Portugal e do seu povo é hoje muito preocupante e não estou a falar apenas na economia.
Quando o Direito é apenas e só uma ferramenta de gestão de direitos privados, então o Direito deixa de prover pelo bem-comum e pelo futuro da sociedade e do país.
Problemas económicos, todos os países e povos tiveram no passado e terão no futuro; os problemas económicos resolvem-se, mais cedo ou tarde. O que é de difícil reparação é a política que tentou redefinir uma cultura antropológica inteira — desde a adulteração da língua portuguesa, ao aborto livre e pago pelos nossos impostos e que coarcta o futuro do país, até à tentativa de redefinição arbitrária e absurda da filiação natural — através do Direito Positivo e das engenharias sociais. Normalmente, os excessos praticados pelo Direito Positivo resolvem-se com uma revolução e/ou uma guerra civil com mais ou menos violência, muitas vezes sangrenta. A classe política não previu as consequências que as engenharias sociais terão no clima social do país futuro.
Quando o Direito é apenas e só uma ferramenta de gestão de direitos privados ou particulares — porque é assim que a nossa classe política actual, dita “democrática”, concebe o Direito —, então o Direito deixa de prover pelo bem-comum e pelo futuro da sociedade e do país. O país fica à deriva e o povo à mercê dos caprichos de uma qualquer elite, seja esta da esquerda política e “progressista” — ou ultra-liberal, económica e financeira.
A classe política que traiu o país e o povo português — desde o Partido Comunista ao CDS/PP — depende do respaldo da União Europeia. Sem a União Europeia, o futuro desta classe política seria incerto, e porventura, mesmo a integridade física ou a vida cómoda de muitos dos seus membros estaria em causa. Neste contexto, alguns políticos começam a entrar em um pânico mitigado, como verificamos com a intervenção de um político socialista (Francisco Assis) que referiu a sua preocupação, num programa de televisão do fim-de-semana que passou, que “um ultra-liberal alemão defende a ideia da saída de Portugal do Euro e uma desvalorização do nível de vida português em 30%, por via da desvalorização cambial da nova moeda portuguesa” (sic). Os apoios políticos da União Europeia em relação aos desmandos e excessos desta classe política portuguesa começam a faltar, e os políticos portugueses começam já a “operar sem rede”.
Ou o regime político actual se regenera, admitindo alguns mecanismos de democracia directa, ou vamos começar a ter muitos problemas sociais e políticos. Se o regime não se regenera, a classe política terá que recorrer a instrumentos próprios de uma qualquer ditadura para reprimir violentamente o povo, justificando assim um ambiente de revolução e de uma guerra civil mitigada. E basta que a União Europeia retire grande parte do seu apoio político aos sátrapas instalados no nosso aparelho de Estado, para que “o diabo fique à solta”.
É neste contexto que a classe política, unida e corporativa, pretende reduzir as Forças Armadas (FA) a uma condição praticamente nula. Os sátrapas da assembleia da república e do aparelho de Estado têm medo; começam a entrar em pânico. O processo em curso de dissolução das FA tem menos a ver com finanças do que com política. O fim do regime anuncia-se a si próprio por responsabilidade de uma classe política que tentou “fazer gato, sapato” do povo português.

Fonte: http://espectivas.wordpress.com

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