Lendo Chesterton

O centro de toda a existência do homem é um sonho. Morte, doença, insanidade, são, meramente, acidentes materiais, como uma dor de dente ou uma torção no tornozelo. Que essas forças brutais sempre sitiam e, freqüentemente, capturam a cidadela, não prova que elas são a cidadela.
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segunda-feira, 11 de março de 2013


É com pesar que divulgamos esta notícia!

Em estado de morte cerebral, o Brasil está triste por esta mente brilhante, um educador incansável, inteligente e de estilo único. Em estado gravíssimo, José Monir Nasser está à beira da morte. Oremos
por ele e sua família.. 

Jose Monir Nasser

Um velho conhecido de Curitiba, o Dr. Anatoli Oliynik, acaba de me informar, por e-mail, que o nosso caríssimo mestre José Monir Nasser teve morte cerebral decretada hoje, domingo, dia 10 de Março. 

Monir foi amigo pessoal de ministros, homens de Estado, industriais, intelectuais, de seus alunos em geral, dentro e fora da Aliança Francesa de Curitiba, sua grande paixão, todos conquistados definitivamente pelo seu bom humor, pela sua elegância, pelo seu talento intelectual - mas sobretudo, ouso dizer, pela sua elegância.

José Monir Nasser sofreu um AVC em São Paulo, há mais ou menos 3 anos, quando se preparava para dar uma aula no Espaço É Realizações. Desde então, viveu sob os cuidados de sua filha e de seus parentes e amigos mais próximos.

A todos os que o conheceram, e especialmente ao meu amigo Sergio de Souza, que não o conheceu mas que o admirava, invoco uma homenagem, com a publicação do texto que segue abaixo, de sua autoria. Tendo viajado entre nós; tendo alterado o curso de tantas viagens com a sua presença e as suas lições, Monir será a partir de hoje levado pela mão do Autor da vida. Rezem por ele. Que Deus o tenha em Suas mãos, no recomeço da grande jornada, dentro da noite.

''Um sábio já disse que o bom viajante é aquele que percebe que tem dois olhos, dois ouvidos e só uma boca e que interpreta esta desproporção como um convite ao voto de
pobreza nas opiniões. Viajamos para ouvir e ver e isto se aplica também ao ato de ler um
livro. Antes de discutirmos ferrenhamente com o autor, é preciso deixar-nos levar pela mão. O grande Leibnitz dizia que acreditava em tudo que lhe diziam e Tomás de Aquino,
certa vez, levantou-se de sua mesa de estudos correndo, porque os outros frades lhe disseram: “Tomás, corre aqui ver um boi voando”. O homem mais inteligente da Idade Média, sob a gargalhada geral, lamentou-se: “Achava que era mais fácil um boi voar que um frade mentir”.

Viajantes brasileiros na França, estamos na exata posição de usufruir dos conselhos de Leibnitz e Tomás. Na arquitetura, na literatura, nos elementos históricos franceses,espalhados por toda a parte, está o embrião da Europa moderna. Afinal foi Carlos Magno, no dia 25 de dezembro do ano 800, que procedeu a primeira tentativa de reconstruir o perdido império romano com os novos componentes culturais cristãos.

Viajar a França, comme il faut, é refazer a história do Ocidente, deixando que as imagens, a língua, os sabores e os cheiros ressuscitem dentro de nós esta aventura civilizacional. Nunca conseguiremos fazer todas as perguntas necessárias, nunca veremos tudo o que deve ser visto, nunca saberemos o suficiente, mas podemos pelo menos permitir que estas experiências sensórias recuperem proustianamente o tempo perdido da história, como um sonho deflagrado por uma madeleine dentro de uma xícara de chá.''

postado por: 
Guilherme José Santini

José Monir Nasser
Presidente da Aliança Francesa de Curitiba

Fonte: conservadorismobrasil

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